RECONSTRUÇÃO DE MAMA

O que é a reconstrução de mama?

É a cirurgia que visa a reparação das sequelas do tratamento para o câncer de mama, que pode ser a mastectomia ou quadrantectomia. A reconstrução pode ser feita de várias maneiras, utilizando tecido da própria paciente ou com próteses e expansores teciduais, conforme cada caso.

A reconstrução devolve a mama como era antes?

Não, mas consegue uma mama reconstruída muito semelhante.
Qual é a anestesia? Anestesia geral ou peridural com sedação conforme o caso.
Qual é o tempo da cirurgia? Em média de 4 a 6 horas.
A reconstrução da mama vale a pena? Diante dos ganhos inquestionáveis da reconstrução mamária tanto do ponto de vista físico, mas especialmente emocional, não há como deixar de informar a todas as mulheres que existe um meio de tratar a seqüela deixada pelo câncer ou qualquer outra causa de mutilação da mama.

Recomendações Pré-operatórias

Jejum de 8 horas, inclusive líquidos;
Não fumar ou usar drogas ilícitas nas 2 semanas que antecedem a cirurgia;
Entrar em contato com a equipe, caso tenha alguma indisposição como gripe, febre e etc.
Não tomar Ácido Acetil Salicílico (Aspirina, Buferin, AAS), remédios para emagrecer e anti-inflamatórios não hormonais (Voltaren, Cataflan, profenid e outros anti-inflamatórios). Outras drogas e demais medicamentos consultar a equipe o mais breve possível;
Não beber nas 48 horas que antecedem a cirurgia;
Banho no dia da cirurgia com sabonete neutro;
Descansar bem no dia que antecede a cirurgia;
Lavar e secar os cabelos na véspera da cirurgia;
Pintar os cabelos até 5 dias antes da cirurgia;
Levar roupas com abertura na frente, calças tipo pantalona ou agasalho folgado para sair do hospital;
Depilar os pelos pubianos até 5 dias antes da cirurgia;
evar sutiã pós-cirúrgico, meias anti-trombo e cinta elástica, faixa abdominal, de acordo com a cirurgia;
Não usar nenhum tipo de maquiagem, jóias, relógios, esmalte escuro e etc. antes da cirurgia;
Levar os exames e as receitas para o hospital;
Urinar antes de ir para o centro cirúrgico.
Programar suas atividades sociais, domésticas e escolares, de modo a não se tornar indisponível a terceiro e nem prejudicar a evolução pós-operatória.
Recomendações Pós-operatórias

Primeira quinzena:
repouso relativo em casa
retirada de pontos e drenos
redução gradual do desconforto pós-cirúrgico
uso de cinta e ou sutiã
posição específica para andar e dormir
aumento gradual da sensação de bem estar

Após algumas semanas:
retorno às atividades habituais, incluindo caminhada e atividade sexual
dirigir automóvel após a quarta semana
evitar a exposição solar até o terceiro mês da cirurgia

Expansor e Prótese

O expansor é colocado sob a pele e o músculo peitoral, que após alguns meses será substituído por uma prótese. Em alguns casos a quantidade de pele é suficiente para a colocação da prótese sem o uso prévio do expansor.

Reconstrução com retalho miocutâneo

Esse tipo de reconstrução utiliza tecido (pele, gordura e músculo) da própria paciente.
Pode ser retirado do abdômen, que além de reconstruir a mama, melhora a aparência do abdômen.
A pele do dorso também poderá ser utilizada e em alguns casos será necessário o uso de prótese para garantir um volume semelhante à mama oposta.

Procedimentos complementares

A mama reconstruída e a mama contra-lateral, em geral, necessitam de outra cirurgia chamada de simetrização, que visa torna-las parecidas na forma e volume. A construção da aréola e papila pode ser feita com anestesia local.

Riscos associados à reconstrução mamária:

A cada ano milhares de mulheres são operadas de reconstrução da mama sem maiores intercorrências, entretanto, certas complicações são possíveis em qualquer tipo de cirurgia incluindo, hemorragia, infecção e outras. Intercorrências específicas da reconstrução mamária variam de acordo com o tipo de reconstrução, por exemplo, com o retalho há um pequeno risco de perda do volume. O uso de implante envolve um risco baixo para a contratura capsular (endurecimento).
Para qualquer cirurgia é fundamental optar por uma equipe e um hospital com condições de atendimento adequado.

Resolução Cremesp 81/97 mostra claramente que a cirurgia plástica é única e indivisível, não havendo um limite nítido entre cirurgia reparadora e estética, além de ser uma atividade de meio e não de fim, em que não há promessa de resultado, como em toda prática da Medicina.


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